Acredito que o grande sonho de toda mulher que um dia se embrenhou, voluntariamente ou não, nas veredas cangaceiras, era um dia abandonar aquela vida infernal e ao lado de seu Cabra constituir família e levar uma vida normal como as outras mulheres. Fato é que muitas não tiveram essa oportunidade, tiveram seus sangues derramados através das armas inimigas ou até mesmo pelas mãos de seus companheiros. Tiveram seus sonhos e projetos destruídos pela escolha que fizeram ou por terem sido forçadas a acompanhar os cangaceiros que as escolheram como suas amantes.
Sila (Foto) foi uma das mulheres que tiveram a sorte de sobreviver ao cangaço e ao lado de seu companheiro Zé Sereno, antigo chefe de subgrupo do bando de Lampião, teve a oportunidade de reconstruir sua vida, constituir família e de possuir um lar.
Sila prestou importante contribuição para o resgate histórico do cangaço ao expor suas memórias em livros e prestar importantes depoimentos que serviram como base para tantos outros trabalhos.
A fotografia abaixo em que aparece Sila (Ilda Ribeiro de Souza) durante afazeres domésticos é uma entre tantas outras que foram a mim cedidas por sua filha Gilaene “Gila” de Souza Rodrigues (In memorian).
Fica o registro.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
Sila (Ilda Ribeiro de Souza) |
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