... durante sua passagem pela cidade dois dias após a tentativa frustrada de ataque à cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte, ocorrida no dia 13 de junho de 1927. Durante o ataque o cangaceiro Colchete, notadamente embriagado, é alvejado mortalmente. Jararaca (José Leite de Santana) ao tentar desarvorar o companheiro abatido é atingido por dois tiros, sendo um no peito e outro na perna direita quando tentava se evadir do local. Jararaca foi preso no dia seguinte (14/06/1927) e conduzido à cadeia pública municipal, onde na noite do dia 19 de junho de 1927, foi retirado e levado ao cemitério público municipal (Cemitério São Sebastião) sendo sumariamente e sem chances de defesa executado por membros da escolta policial responsáveis por sua condução.
A fotografia anexada a essa matéria foi registrada por Francisco Ribeiro na cidade de Limoeiro do Norte no Ceará e revelada por Octávio Maia em Mossoró/RN, nela aparece parte do bando que participou do ataque e no destaque Lampião, que por motivos desconhecidos, não se posicionou a frente do grupo, provavelmente por se tratar de um momento posterior a uma grande derrota. Uma derrota que além de ter acarretado importante desfalque para o seu bando, provocou a ira das autoridades de vários estados, que por sua vez intensificaram a caçada ao bando e forçaram Lampião e um reduzido grupo de homens a adentrar em solo baiano no dia 28 de agosto de 1928
Além de Lampião o grupo era composto pelos cangaceiros: Luiz Pedro, Virgínio Fortunato "Moderno", Ezequiel Ferreira "Ponto-Fino" irmão de Lampião, Mergulhão I e Mariano. Quando Lampião encontrava-se na Bahia juntaram-se ao bando os cangaceiros Corisco e Arvoredo.
Na Bahia o sagaz cangaceiro descansaria por um certo período de tempo, formaria novas alianças, reconstituiria seu bando e sua rede de apoiadores e voltaria a agir, dessa vez com mais violência e sede de sangue.
Nas quebradas do sertão.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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