Após ter seu bando cangaceiro praticamente dizimado por
Forças Policiais Volantes no estado de Pernambuco, Lampião decide atravessar o
rio São Francisco cruzando a fronteira rumo ao estado da Bahia, acompanhado de
cinco cangaceiros que remanesceram do numeroso bando. Pouco tempo depois já em
solo baiano, Corisco e seu primo Arvoredo (Hortêncio) se juntaram a Lampião.
A fotografia integrante dessa matéria foi registrada por um
alfaiate local chamado Alcides Fraga no dia 17 de dezembro de 1928 no então
povoado de Pombal (Atual cidade de Ribeira do Pombal/BA) e publicada na revista
humorística O MALHO, em sua edição de 04 de julho de 1931. Nela podemos ver a
começar da esquerda: Lampião, Ezequiel Ferreira (Ponto-Fino), Virgínio
Fortunato “Moderno”, Luiz Pedro, Mariano (Mariano Laurindo Granja), Corisco
(Cristino Gomes da Silva Cleto), Mergulhão (Antônio Juvenal) e Arvoredo
(Hortêncio).
Notem que as pessoas ao fundo da imagem agem naturalmente
diante da presença cangaceira na localidade, possivelmente por desconhecer as
façanhas de Lampião e seu bando em outros estados, pois para a população
sertaneja baiana naquela época Lampião era um vulto distante e ainda desconhecido
da grande maioria das pessoas, principalmente aquelas residentes nos longínquos
sertões.
Em breve todo o estado da Bahia tomaria conhecimento do nome
de Virgulino Ferreira “Lampião” e de sua escalada de sangue, mortes e
destruições.
Tinha início a chamada segunda fase do cangaço lampiônico.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
Pombal (Ribeira do Pombal/BA) - 17 de dezembro de 1928. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário