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domingo, 12 de novembro de 2017

RESGATANDO A HISTÓRIA CANGACEIRA

Rubens Antônio

O incansável pesquisador e agora escritor Rubens Antônio, carioca enraizado na Bahia, vem ao longo dos anos fazendo um trabalho formidável ao que se refere ao resgate da história cangaceira, principalmente aquela ocorrida em solo baiano.

Histórias, fotografias e documentos tem sido localizados e trazidos ao conhecimento público graças aos seus esforços e dedicação às pesquisas e estudos sobre a saga cangaceira.

Entre seus inúmeros achados está uma fotografia do Tenente Arsênio Alves de Souza com dedicatória no verso e um broche (Fotos) feito em porcelana que pertenceu a uma de suas irmãs.

Tenente Arsênio Alves de Souza foi um dos mais importantes comandantes de Forças Policiais Volantes do estado da Bahia e um dos grandes perseguidores de Lampião e seus comandados na Bahia.

Uma história interessante que envolveu o então Tenente Arsênio Alves de Souza foi quando Lampião e seus homens se aproximaram utilizando-se de chocalhos do local em que a tropa havia parado para descansar e tomar água em um lajedo. Quando todos os Soldados estavam desprevenidos, Lampião e seus homens atacaram, matando muitos Soldados já durante os primeiros disparos. A Volante foi praticamente dizimada e o massacre não foi ainda maior, graças à rapidez do Tenente que conseguiu, mesmo em meio à fuzilaria, disparar a Metralhadora (Hotchkiss), afugentando os cangaceiros que atacavam ferozmente a tropa. Durante o disparo da metralhadora, que era algo novo para a época, um dos projéteis atingiu mortalmente Ezequiel Ferreira (Ponto Fino), pondo fim a vida do irmão mais novo de Lampião.

Nesse combate foram mortos 16 soldados no campo de batalha e outros 03 fora do local. 

Para a infelicidade de Lampião, que sempre possuiu o desejo de possuir uma metralhadora, o Tenente Arsênio sem condições de conduzir a metralhadora retira uma de suas peças, deixando-a inutilizada.

Embora tenha sido morta uma grande quantidade de soldados durante o ataque, Lampião teve um dos mais duros golpes de toda a sua vida cangaceira, a morte de seu irmão caçula, Ezequiel Ferreira da Silva (Ezequiel Profeta dos Santos).

Esse combate ocorreu no dia 24 de abril de 1931, na Fazenda Tanque do Touro na Bahia (Lagoa do Mel).

Em breve o Professor/Historiador Rubens Antônio estará lançando o Livro CANGAÇO NA BAHIA que trará muito material e informações inéditas e exclusivas que contribuirão profundamente para o engrandecimento da história do cangaço na Bahia.

Vamos aguardar.

Geraldo Antônio de Souza Júnior


Rubens Antônio e a rara fotografia do Tenente Arsênio Alves de Souza

Broche em porcelana pertencente à uma irmã do Tenente Arsênio Alves

Arsênio Alves de Souza

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