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terça-feira, 14 de novembro de 2017

CABEÇAS CORTADAS

PIRANHAS/ALAGOAS, 28 DE JULHO DE 1938.

O altar de Lampião.

Sem muitas delongas.

Cabeças dos cangaceiros mortos na Grota do Angico em Sergipe no dia 28 de julho de 1938. No Primeiro degrau de baixo para cima está a cabeça de Lampião e logo acima no segundo degrau está a cabeça de Maria Bonita.

Os onze cangaceiros foram mortos e degolados pela Força Policial Volante alagoana sob o comando do Tenente João Bezerra da Silva, por volta das cinco horas da manhã do dia 28 de julho de 1938.  

As cabeças foram expostas na cidade de Piranhas e Santana do Ipanema em alagoas e diversas outras localidades durante o trajeto até a capital Maceió, onde foram examinadas. As cabeças dos nove cangaceiros após serem examinadas foram sepultadas em um cemitério (Cemitério do Caju) público da capital, enquanto as cabeças de Lampião e de Maria Bonita foram encaminhadas para o Instituto Dr. Nina Rodrigues em Salvador/BA, onde permaneceram, juntamente com as cabeças de outros cangaceiros mortos, expostas ao público no museu do instituto até o ano de 1969, quando as famílias conseguiram na justiça o direito de enterrar os restos mortais de seus entes.



Geraldo Antônio de Souza Júnior 


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