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sábado, 21 de abril de 2018

DO POETA AUGUSTO DOS ANJOS.

Essa frase do poeta Augusto dos Anjos, ao meu ver, se encaixa perfeitamente na biografia do cangaceiro Volta Seca (Antônio dos Santos), assim como na biografia de tantos outros jovens nordestinos que optaram pela vida sob a canga, influenciados pela ilusão da vida cangaceira.

Volta Seca entrou para o cangaço no ano de 1929 aos 11 anos de idade e em meio a cangaceiros experientes foi de certa forma induzido a mostrar coragem, valentia e crueldade aos demais para se consolidar e conquistar o respeito do bando.

Não digo valente, mas foi um dos mais cruéis cangaceiros do bando de Lampião no período entre os anos de 1929 e 1932, quando esteve ingressado no bando.

Após o cangaço foi um dos ex-cangaceiros que mais concedeu entrevistas e depoimentos a emissoras de rádio e TV, além de jornais e revistas importantes da época. Chegando inclusive a gravar no ano de 1957 um LP com oito músicas pela gravadora Continental, intitulado "Cantigas de Lampeão".

Volta Seca foi indultado no ano de 1954 pelo então presidente Getúlio Vargas e não se teve notícias de qualquer cometimento de crimes ou delitos cometidos de sua parte após a obtenção de sua liberdade.

Provando que o homem é um produto do meio em que ele vive e quando em meio à feras sente a real necessidade de também se "transformar" em fera.

Volta Seca (Antônio dos Santos) nasceu no dia 13 de março de 1918 e faleceu no dia 02 de fevereiro de 1997 em Minas Gerais.

Geraldo Antônio de Souza Júnior



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